sábado, 27 de agosto de 2011

Livro de Salmos. Capítulo 6 à 10




Capítulo 6
1 ¶ SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
2  Tem compaixão de mim, SENHOR, porque eu me sinto debilitado; sara-me, SENHOR, porque os meus ossos estão abalados.
3  Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, SENHOR, até quando?
4  Volta-te, SENHOR, e livra a minha alma; salva-me por tua graça.
5  Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?
6  Estou cansado de tanto gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago.
7  Meus olhos, de mágoa, se acham amortecidos, envelhecem por causa de todos os meus adversários.
8 ¶ Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade, porque o SENHOR ouviu a voz do meu lamento;
9  o SENHOR ouviu a minha súplica; o SENHOR acolhe a minha oração.
10  Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame.
Capítulo 7
1 ¶ SENHOR, Deus meu, em ti me refugio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;
2  para que ninguém, como leão, me arrebate, despedaçando-me, não havendo quem me livre.
3  SENHOR, meu Deus, se eu fiz o de que me culpam, se nas minhas mãos há iniqüidade,
4  se paguei com o mal a quem estava em paz comigo, eu, que poupei aquele que sem razão me oprimia,
5  persiga o inimigo a minha alma e alcance-a, espezinhe no chão a minha vida e arraste no pó a minha glória.
6  Levanta-te, SENHOR, na tua indignação, mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus adversários e desperta-te em meu favor, segundo o juízo que designaste.
7  Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre eles remonta-te às alturas.
8  O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR, segundo a minha retidão e segundo a integridade que há em mim.
9  Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus.
10 ¶ Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração.
11  Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.
12  Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;
13  para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.
14  Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.
15  Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.
16  A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.
17  Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.
Capítulo 8
1 ¶ Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.
2  Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
3 ¶ Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste,
4  que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites?
5  Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.
6  Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste:
7  ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo;
8  as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares.
9  Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome!
Capítulo 9
1 ¶ Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.
2  Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó Altíssimo, eu cantarei louvores.
3  Pois, ao retrocederem os meus inimigos, tropeçam e somem-se da tua presença;
4  porque sustentas o meu direito e a minha causa; no trono te assentas e julgas retamente.
5  Repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome.
6  Quanto aos inimigos, estão consumados, suas ruínas são perpétuas, arrasaste as suas cidades; até a sua memória pereceu.
7  Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.
8  Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.
9  O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.
10  Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.
11 ¶ Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.
12  Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.
13  Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte;
14  para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.
15  Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé.
16  Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos.
17  Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.
18  Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente.
19  Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença.
20  Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.
Capítulo 10
1 ¶ Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação?
2  Com arrogância, os ímpios perseguem o pobre; sejam presas das tramas que urdiram.
3  Pois o perverso se gloria da cobiça de sua alma, o avarento maldiz o SENHOR e blasfema contra ele.
4  O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.
5  São prósperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele estão os teus juízos; quanto aos seus adversários, ele a todos ridiculiza.
6  Pois diz lá no seu íntimo: Jamais serei abalado; de geração em geração, nenhum mal me sobrevirá.
7  A boca, ele a tem cheia de maldição, enganos e opressão; debaixo da língua, insulto e iniqüidade.
8  Põe-se de tocaia nas vilas, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado.
9  Está ele de emboscada, como o leão na sua caverna; está de emboscada para enlaçar o pobre: apanha-o e, na sua rede, o enleia.
10  Abaixa-se, rasteja; em seu poder, lhe caem os necessitados.
11  Diz ele, no seu íntimo: Deus se esqueceu, virou o rosto e não verá isto nunca.
12 ¶ Levanta-te, SENHOR! Ó Deus, ergue a mão! Não te esqueças dos pobres.
13  Por que razão despreza o ímpio a Deus, dizendo no seu íntimo que Deus não se importa?
14  Tu, porém, o tens visto, porque atentas aos trabalhos e à dor, para que os possas tomar em tuas mãos. A ti se entrega o desamparado; tu tens sido o defensor do órfão.
15  Quebranta o braço do perverso e do malvado; esquadrinha-lhes a maldade, até nada mais achares.
16  O SENHOR é rei eterno: da sua terra somem-se as nações.
17  Tens ouvido, SENHOR, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás,
18  para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, já não infunda terror.
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